A Renda Da Terra De Malthus
Em sua principal obra, intitulada Princípios de Economia e Política, publicada originalmente em 1820, Thomas Robert Malthus define a renda da terra como “a parcela do produto total que fica para o proprietário da terra depois de pagas todas as despesas, de qualquer tipo, referentes ao seu cultivo, inclusive os lucros do capital empregado, estimados segundo a taxa usual e ordinária de lucro do capital agrícola no período considerado” Inicialmente, Smith foi criticado por Malthus por sua afirmação que a renda da terra é característica de um monopólio comum. Malthus esclarece que as contribuições de Smith foram importantes, entretanto seria necessário que este autor esclarecesse a relação entre a renda da terra e o aumento do preço das mercadorias de primeira necessidade.
Malthus desenvolve sua teoria da renda da terra buscando esclarecer as causas do excedente do preço dos produtos agrícolas sobre os custos de produção. Em suas formulações afirma que são três as suas causas: A primeira e mais importante é a capacidade da terra de produzir bens necessários à vida (para ele a terra deve ser capaz de produzir uma quantidade de bens que seja maior que a necessidade dos que nela trabalham. Para Malthus essa qualidade da terra se apresenta como uma “dádiva da Natureza ao homem” .A segunda é a característica que os bens produzidos têm de criar sua própria demanda ou de fazer surgir uma quantidade de consumidores proporcional à quantidade produzida. A terceira refere-se à escassez de terras férteis, tantos as naturais quanto as já melhoradas artificialmente pelo homem.
Malthus chega a reconhecer que a fertilidade da terra é o principal fator para a obtenção de uma maior renda da terra, entretanto, foi apenas em Marx que a fertilidade natural da terra foi analisada com maior consistência.
Malthus também analisou as causas que tendem a elevar, ou diminuir, a renda da terra no curso do desenvolvimento da sociedade. Segundo ele, antes de