MALTHUS
Malthus afirma que a condição básica para um aumento na renda da terra é a de que a diferença entre o preço do alimento e o custo dos instrumentos de produção aumente. Malthus encara o aumento na renda da terra como estando vinculado diretamente ao aumento na riqueza de um pais.
Malthus compara a terra a um conjunto de máquinas heterogêneas diferindo em suas qualidades e capacidades produtivas que, contrariamente às máquinas da indústria manufatureira, não podem ser produzidas pelo homem, sendo, portanto, dádiva da natureza. As diferenças de qualidade e de capacidades produtivas dessas máquinas seriam a fonte de renda da terra, as quais a terra é uma dádiva de Deus.
Malthus argumenta que a renda da terra emerge historicamente quando um país, ao aumentar a sua riqueza e população, gera escassez de terras férteis. Na medida em que terras menos férteis são incorporadas à produção, vai se formando um excedente sobre o custo de produção nas terras mais férteis, o qual assume a forma de renda da terra.
Para Ricardo o aumento da população a um ritmo mais rápido que o capital, faria com que os salários se reduzissem e, consequentemente, haveria um aumento nos lucros. Da mesma forma, os lucros também aumentariam em decorrência de melhorias realizadas na agricultura ou nos implementos agrícolas. Malthus nesse ponto discorda de Ricardo, pois, segundo ele, o aumento no excedente, que se consubstancia em renda da terra, é causado ou por uma redução nos salários ou pela introdução do progresso técnico na agricultura. Para Ricardo, o comportamento da renda e o dos lucros modifica-se e durante o processo de crescimento econômico. Ricardo tem dois objetivos distintos. Um deles, de natureza científica, é o da formulação de uma teoria consistente sobre a relação existente entre o preço do trigo e a taxa de lucro. O outro, de natureza