Renast
O Ministério da Saúde instituiu no SUS, a Rede Nacional de Atenção à Saúde do Trabalhador, através da Portaria Ministerial GM/MS nº 1.679 de 20/10/2002, objetivando a atenção integral à saúde do trabalhador face à demanda ao SUS, gerada por Agravos à Saúde Relacionados ao Trabalho, considerados relevantes para a Saúde Pública, por sua magnitude e elevado custo humano, social e econômico.
A Rede Nacional de Atenção Integral à Saúde do Trabalhador é composta por mais de 200 Centros Estaduais e Regionais de Referência em Saúde do Trabalhador (CERESTs) e por uma rede sentinela de mais de 1.500 serviços médicos e ambulatoriais de média e alta complexidade responsáveis por diagnosticar os acidentes e doenças relacionados ao trabalho e por registrá-los no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN-NET).
Processo de Construção da RENAST
Com a Revolução Industrial, surge, na Inglaterra, uma atenção diferenciada à saúde do trabalhador, pressionados pelos prejuízos econômicos decorrentes dos altos índices de acidentes e adoecimentos provados pelas péssimas condições de trabalho e de vida, e pelas reivindicações dos trabalhadores. As indústrias passaram a contratar médicos com a função de cuidar da saúde dos trabalhadores.
Novos problemas e necessidades de saúde relacionadas ao trabalho surgiram na primeira metade do século 20. Mudanças nos processos produtivos decorrentes das duas grnades guerras mundiais e os esforços de reconstrução pós-guerra fizeram com que outros profissionais se juntassem à equipe de médica, enfocando aspectos de higiene, ergonomia, segurança do trabalho, conformando a prática da Saúde Ocupacional por uma equipe multidisciplinar.
Nos anos 50 do século passado, melhorias nas condições de vida das pessoas, através das políticas públicas, particularmente na Europa, permitiram a emergência de novos questionamentos sobre as condições de trabalho e reivindicações de mudanças para garantir saúde e melhorar o ambiente e