Artigos, fichamentos e textos
“Cadê a música, cadê as flores? Esta é a fala de um de meus entrevistados quando me dava sua opinião sobre algumas práticas sobre as quais falarei neste texto, assim como ele eu quis dar a meu trabalho alguma beleza e para isso lancei mão de trechos de música e de muitas metáforas com o arco-íris, ele está envolto em diversas lendas, contos e lúdicas criações, existe a promessa do pote de ouro que se encontra no exato ponto de seu contato com a terra; o rito mágico de sua travessia para mudar de sexo o ser que o atravessa; a explicação bíblico-religiosa: “E Deus acrescentou: Este é o sinal da aliança que faço convosco, com todos os seres vivos que vos rodeiam e com as demais gerações futuras: coloquei o Meu arco nas nuvens para que seja o sinal da aliança entre Mim e a Terra" (Gn
9,12-14); há ainda as leituras hindus, gregas, japonesas, e também uma canção mundialmente famosa que canta um lugar, além do arco-íris, no qual os sonhos que alguém ousa sonhar tornam-se realidade.1 Entre tantas interpretações a ciência cartesiana também emite seu conceito para o colorido arco que se projeta no céu:
O arco-íris não existe, trata-se de uma ilusão de óptica cuja visualização depende da posição relativa do observador. É importante salientar que todas as gotas de água refratam e refletem a luz da mesma forma, no entanto, apenas algumas cores resultantes desse processo é que são captadas pelos olhos do observador. (SILVA, Marco Aurélio da. 2013) 2 .
Neste trabalho admito o arco-íris como símbolo polifônico e multimidiático do movimento gay, a partir de uma perspectiva simbólica durkheimiana (Durkheim, 1912) que transita entre sistemas de significados distintos, quais sejam o conhecimento acadêmico e o senso comum, postos em posições paralelas e equânimes no tocante à tradução, cada um a partir de seu lugar, das utilizações de suas cores na bandeira homossexual.
A variedade dos povos andinos, a guerra