Renascimento
Os séculos XIV e XV foram marcados pela crise do feudalismo. Uma das conseqüências dessa crise, sobretudo no âmbito político e econômico, foi a construção dos Estados Absolutistas que expressaram uma mudança na correlação de forças no interior de cada região. Em outras palavras, tratava-se de um período que embora a nobreza feudal não tenha perdido o poder político, teve de lidar e, em grande medida, incorporar novas demandas, em função da ascensão da burguesia. Outra conseqüência direta deste contexto foi o surgimento do Humanismo e do Renascimento. O rígido teocentrismo medieval, que centrava suas atenções na relação Deus-Homem, foi substituído pela glorificação do Homem, pela preocupação da relação do Homem com a Natureza.
Trata-se de um movimento que possui continuidades e rupturas com relação ao passado medieval. Se, por um lado, persiste a hegemonia da religiosidade cristã - seja católica ou protestante - ou não se rompe com a relação entre Estado e Igreja – apesar das críticas feita a esta última -, por outro, o surgimento do antropocentrismo e das teorias científicas em contraposição às ortodoxias cristãs são também emblemáticas.
As cidades italianas foram o lugar onde esse movimento ganhou maior expressão. O interesse pela Antiguidade era um meio para legitimar esta nova forma de se pensar o mundo, pelo prisma do homem. Não se tratava de pregar um retorno ao passado, este era tido apenas como uma fonte de inspiração.
Outros fatores contribuíram para a difusão do Humanismo:
1) O aperfeiçoamento da imprensa que permitiu a impressão e difusão em maior escala dos clássicos gregos e romanos
2) A decadência de Constantinopla com as Cruzadas que acarretou o êxodo de intelectuais bizantinos e um grande afluxo de textos para as cidades italianas.
3) A expansão marítima e comercial que alargou os horizontes dos europeus e derrubou muitos tabus tidos como verdades absolutas
4) Finalmente, o mecenato praticado por burgueses, Príncipes e até