Renascimento: Humanismo, Reforma e Contra reforma Entre os séculos XIV e XVI, observamos o desenvolvimento de uma série de transformações que atingiram profundamente a forma pela qual o homem europeu encarava o mundo à sai volta. Condensada sob o nome de Renascimento, essa série de mudanças determinaram o reconhecimento de novos modos de pensar e executar as artes, as ciências e as relações político-sociais. O Renascimento surge na Itália e seu termo advém da idéia de se “nascer outra vez”, tem sua origem fixada no expresso interesse que os homens dessa época tinham nas manifestações da cultura Greco-romana. Busca recuperar uma visão de mundo que havia sido deixado de lado com o forte sentimento religioso desenvolvido na Idade Média. Sob tal aspecto, o renascimento tinha uma expressa tendência humanista, ou seja, as preocupações, sentimentos e comportamentos humanos passavam a ser extremamente valorizados no campo da literatura, da pintura, da escultura e até nas instituições políticas – visão do mundo centrado no homem (antropocentrismo). Também esteve próximo ao hedonismo, quando o corpo, os prazeres terrenos, a busca pelo belo e perfeição se tornaram vigentes no campo das artes. Paralelamente, o renascimento também teve um traço naturalista ao explorar os mínimos detalhes da natureza, das plantas, animais e da própria anatomia humana. Por fim acentuou-se na Renascença a busca da individualidade, caracterizada pela confiança no pode da razão para estabelecer os próprios caminhos.[FDdOS1] Do ponto de vista histórico, todas essas inovações tiveram seus primeiros passos desenvolvidos no interior das ricas cidades comerciais italianas. Na condição de porta de entrada para várias mercadorias, essas cidades recebiam pessoas de vários lugares que acabavam possibilitando a circulação de novos conhecimentos e valores. Além disso, o ambiente das cidades italianas também esteve favorecido pela ascensão de uma rica camada