Renascimento
RENASCIMENTO
Com o século XVI começa uma nova etapa. Os descobrimentos provocam profundos câmbios na sociedade em todos os campos, não só no campo econômico, mas também no social, político e ideológico.
Impõe-se uma nova atitude em todos os aspectos da vida e cria-se uma cultura profundamente antropocêntrica e racionalista, que exalta o poder do homem para dominar a natureza através da razão, e que se opõe frontalmente com a cultura teocêntrica da Idade Média. A valorização do humano, a admiração pela antiguidade e a adoção de modelos e formas literárias clássicas deram lugar àquilo que denominamos Renascimento, Humanismo ou Classicismo.
O Renascimento inspira-se na cultura clássica através dos textos recuperados e que foram esquecidos durante a Idade Média, assimilando o espírito da antiguidade greco-latina. Mas no caso português são muitos os estudiosos que negam a existência de um Renascimento literário num sentido lato e falam só dum Maneirismo, um estilo caracterizado pela fuga das regras clássicas e equilibradas, a rejeição da naturalidade e uma procura da originalidade, do novo e do surpreendente. Este período abrange a segunda metade do século XVI e as primeiras décadas do XVII.
Autores da Época
GIL VICENTE
Gil Vicente representa uma posição de transição entre a Idade Média e o Renascimento. Temos poços dados acerca da sua vida mas sabemos que nasceu na segunda metade do século XV e que foi o organizador das festas da Corte e o seu dramaturgo. O seu grande prestígio permitiu-lhe uma posição crítica de forte interesse.
Está considerado como o fundador do teatro português mas tem também obras escritas em espanhol e obras de caráter misto onde emprega o espanhol e o português. Nos seus escritos podemos observar uma temática que costuma dividir-se em quatro grupos: pastoril, cavalheira, religiosa e de crítica social.
Os dois primeiros mostram a união do seu autor com a Idade Média. Nas obras pastoris encontra-se o tópico da