Chuvas geram quadros distintos na safra
Chuvas geram quadros distintos na safra 2010/11 de soja no Brasil
A atual temporada, o desenvolvimento das lavouras não tem sido afetado por grandes problemas climáticos e agronômicos. Até medos de fevereiro, foram detectados apenas alguns casos pontuais, que, segundo agentes colaboradores, não devem ter grandes influência sobre o rendimento final da safra de soja. Mesmo o atraso na semeadura da soja em decorrência do fenômeno La Niña, até novembro, já havia sido contornado. Em Mato Grosso, o estados que mais sofreu com esse atraso, em outubro/10, cerca de 30% das áreas de soja haviam sido semeadas, contra quase 50% no ano anterior. Entre as regiões analisadas no estado, a de Sorriso era a mais atrasada em relação à safra anterior. Em novembro, no entanto, computava-se 90% da área cultivada, pouco abaixo dos 95% de 2009. Ainda com relação ao clima, as chuvas, embora tenham alcançado volumes inferiores aos da safra passada na maioria das regiões produtoras, não ocasionaram quebra na produção de soja. Segundo agentes de mercado, as chuvas foram bem distribuídas em grande parte das regiões produtoras, não havendo problemas com estiagens, com exceção de algumas áreas no Rio Grande do Sul e em outras próximas a Rio Verde (GO). O menor volume total de chuvas, aliás, ocasionou dois quadros agronômicos distintos nas áreas produtoras de soja. Se, por um lado, houve redução dos focos de ferrugem asiática no País, por outro, proporcionou ligeiro aumento na infestação de lagartas desfolhadoras na cultura. Segundo dados do Consórcio Antiferrugem, entre setembro/10 e janeiro/11 haviam sido encontrados 380 focos de ferrugem asiática em todo o Brasil. Analisando-se esse mesmo período na safra 2009/10, o resultado são 1.803 ocorrências da doença. Na atual safra, os estados sulistas têm apresentado maiores problemas com a doença fúngica. No Paraná,