Renascimento
HCA - 2012
Caracterizar, de forma geral, o Humanismo
- Mostrar como o individualismo marcou o Renascimento
O Renascimento foi, sem sombra de dúvida, um período que valorizou o Homem enquanto ser individual. No entanto, convém alguma cautela na atribuição exclusiva à Época Moderna, isto porque na Idade Média não houve um domínio exclusivo do colectivo sobre o individual e a Época
Moderna não viveu livre da influência do social e da religião.
A verdade é que a mudança não foi tão brutal como alguns historiadores quiseram dar a entender.
Contudo, a ideia de que o Homem passou a ser o centro do mundo também não poder ser contestada. Nascia assim o homem multifacetado (hábil nas letras e na ciência, cortesão e soldado) com ambição de fama e de nome imortal. (ver A formação de um cortesão, Baltasar
Castiglione, 1528, p. 9)
Relacionar o espírito crítico humanista com o exercício da crítica social e a produção de utopias
- A paixão dos homens do Renascimento pela Antiguidade Clássica era uma forma de oposição ao mundo real, dominado por valores que consideravam envelhecidos e inadequados. A consciência de estarem a viver uma época nova estimulou nas elites cultas um forte espírito crítico. Assim, criticaram a corrupção moral, a ignorância e a hipocrisia da sociedade e dos poderes instituídos.
- O melhor exemplo do exercício do espírito crítico foi Erasmo de Roterdão, sacerdote e professor universitário, que na sua obra Elogio da Loucura, através de um tom irónico, criticou a corrupção moral do Clero, bem como de reis, cortesãos e mercadores.
- Outros exemplos da crítica social são os autos de Gil Vicente, que satirizou de forma singular os diferentes tipos sociais, e a obra de D.
Quixote de La Mancha de Miguel Cervantes, que denunciou o atraso feudal da sociedade espanhola, que, apesar da pobreza, não deixava de alimentar sonhos de glória.
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O Renascimento
HCA - 2012
- A crítica social conduziu ao aparecimento