A instituição escolar foi se tornando cada vez mais complexa a partir do Renascimento e Idade Moderna, determinando fatores importantes para a sua estruturação, como a separação de idades, a graduação em séries, a organização dos currículos, manuais didáticos e a produção teórica do professor. O movimento conhecido como escola nova surge então para propor novos caminhos a uma educação em descompasso, porque precisava se adaptar rapidamente às transformações ocorridas na sociedade, tendo que preparar o homem para uma sociedade dinâmica, onde todos poderiam ter acesso ao saber, promovendo assim uma ampla democratização. Esse movimento procurou então superar os mitos e dogmas da educação tradicional, cuja pedagogia se volta para o indivíduo, onde a criança deixa de ser o objeto da educação, para ser o sujeito, o centro do processo. Alguns teóricos da educação viram a escola nova com otimismo, como instrumento de tornar iguais as chances para os indivíduos que pertenciam a classes diferentes. Por outro lado, diversos teóricos passaram a ver esse ideal da escola como ingênuo demais. Em suas obras, concluíram que ela não democratiza, mas sim reproduz as diferenças sociais, sendo uma instituição altamente discriminadora, que perpetua o status quo. Os críticos – reprodutivistas respaldaram as suas conclusões sobre a escola nova, no grande número de reprovação, repetência e evasão escolar. PALAVRAS-CHAVE: teorias progressivas; pedagogia social; democracia Essa concepção teórica, de acordo com Bakhtin (2007), esclarece que o contexto sócio-histórico estrutura o interior do diálogo da corrente da comunicação verbal entre os sujeitos históricos e os objetos do conhecimento. Trata-se de um dialogismo que se articula à construção dos acontecimentos e das estruturas sociais, construindo a linguagem de uma comunidade historicamente situada; propicia a formação de sujeitos históricos – alunos e professores – que, ao se apropriarem do conhecimento, compreendem que as