Renascimento, reforma e contra reforma.
O período do Renascimento foi marcado pela ascensão de comerciantes e seus burgos que demandavam maior produção agrícola para atender as necessidades do comércio. Com maior demanda e sob uma economia agrícola voltada para a subsistência ocorreu uma crise do regime feudal. A demanda por mercadorias também coincidiu com um crescimento populacional que foi proporcionado, contraditoriamente por uma fartura anterior ao mercantilismo. Nessa situação a peste negra mata milhões de pessoas e surgem guerras que aumentam ainda mais a mortalidade junto com a fome. Passa-se a perceber que não somente as crianças e mulheres eram vulneráveis, mas inclusive homens fortes e guerreiros pois a peste negra e a fome não faziam distinção.
Neste contexto de interesses comerciais renascentes e de despovoamento surge o Renascimento da cultura clássica e o humanismo. Contestando o poder do catolicismo pensadores renascentistas defendem um menor poder da igreja que impedia, por exemplo, o empréstimo a juros que era fundamental para o progresso do comércio. Neste ressurgimento das cidades, novamente, há uma dialética entre o modo de vida urbano e rural além de uma dialética do sagrado. Sendo a peste negra uma ameaça especial às cidades onde se reunia maior número de pessoas facilitando o contágio, passa-se a não considerar mais como normal a mortalidade infantil pois qualquer morte impediria a continuação de uma família, daí a valorização da criança e da mulher especialmente entre os burgueses.
Na educação os renascentistas enfatizavam o valor da educação da criança, o retorno ao ensino das obras clássicas, mesmo proibidas pelo índex católico, e o antropocentrismo toda o lugar do teocentrismo porém sem negar a fé. A educação passa a ter caráter mais prático onde a formação deve visar o trabalho e nos estudos deve prevalecer a razão à fé.
Outra realidade marcante nesse período é que com o progresso do comércio e a difusão do poder sobre a produção de