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14 de Janeiro, 2014
Introdução.
Não existe acordo acerca do termo "Renascimento": não existem dois livros com definições idênticas, dois historiadores como opiniões iguais. O Renascimento é na sua essência um panorama de acontecimentos - alguns dos quais pouco relacionados entre si - agrupados no contexto Europeu, e que constituem o início de uma nova época histórica e de uma nova mentalidade e cultura. Mas alguns historiadores, reconhecendo e enfatizando a continuidade entre a Idade Média e a Idade Moderna, juntam as duas épocas históricas numa "longa Idade
Média", desde o séc. V até a Revolução Francesa de 1789. Consequentemente, esta contextualização do Renascimento é uma opinião e não um conjunto de factos históricos. Tratase de uma versão sobre como entender e descrever o Renascimento. Existem muitas outras opiniões que devem ser lidas e ponderadas, sendo que o seu estudo e comentário nas aulas ou exames será um factor muito positivo na avaliação.
Não é possível isolar ou dissociar a noção de Renascimento dos fenómenos ou processos históricos da Reforma, da Contra-reforma, e da chamada Revolução Científica. Estes três fenómenos complementam-se e no seu conjunto, para além de uma constelação de novas ideias e fenómenos subsidiários, fazem parte do enorme abalo que a Europa Cristã sentiu nos séculos XV e XVI. Contudo, este foi um abalo progressivo, ou um conjunto de sobressaltos, e não um grande momento de crise, como sucedeu na Revolução Francesa. Esta é a principal razão pela qual se torna complicado de contextualizar e descrever o Renascimento enquanto fenómeno histórico.
Para tentar contextualizar e descrever o Renascimento, e os processos da Reforma, Contrareforma e Revolução Científica, é natural falar-se nas causas e nas consequências desses processos históricos. Contudo, é muitas vezes mais útil e operativo falar em sintomas, ou dizer que que um certo acontecimento