Renascimento do teocentrismo
Leandro Marcos Costa
“Ó, suprema liberdade de Deus Pai! Ó, suprema e admirável felicidade do homem! Homem ao qual foi concedido obter aquilo que deseja e ser aquilo que quer. [...]” Pico de Mirândola.
O renascimento constitui um período de muitas transformações e de importância impar para a história da humanidade e do pensamento filosófico, além de ter contribuído significativamente para o avanço científico. É de suma importância se ter conhecimento deste período da história para se compreender o desenrolar do homem moderno após a Idade Média.
Houve no período renascentista uma reformulação na forma com que o homem se comportava e vislumbrava o mundo. Essa mudança de comportamento e paradigmas se deu devido a diversos fatores que serão abordados logo mais neste artigo e que vale apena ler para compreender o que de fato motivou tão grandiosa transformação para a história da humanidade.
Através de obras de história da filosofia e também valendo-se do subsidio da História geral, foi possível fazer uma pesquisa bastante abrangente e diversificada para se compreender tal período, que deixou seu legado na filosofia, na história, nas artes e nas ciências. Analisar estas multiformes tomadas pelo período renascentista é compreender uma grande mudança nos paradigmas do homem, que acabara de sair da Idade Média e se deparava com a sua própria existência e também com a natureza que estava a sua volta, a qual deveria ser explorada para ser compreendia de forma racional e sistematizada.
No período renascentista, o homem passa a ter compreensão mais antropocêntrica do seu ser e a cerca de sua realidade (o que não excluía a possibilidade da existência de Deus, eles admitiam o ser transcendente e que possuía no âmago do seu ser algo divino, que possibilitava ao homem ver-se como um portador da graça e não apenas como um pecador miserável, esta nova perspectiva se faz materializada