Renascimento Cultural
O termo Renascimento é comumente aplicado à civilização europeia que se desenvolveu entre 1300 e 1650, sobretudo no século XVI. Além de reviver a antiga cultura greco-romana, ocorreram nesse período muitos progressos e incontáveis realizações no campo das artes, da literatura e das ciências, que superaram a herança clássica. O ideal do humanismo foi sem duvida o móvel desse progresso e tornou-se o próprio espírito do Renascimento. Num sentido amplo, esse ideal pode ser entendido como a valorização do homem (Humanismo) e da natureza, em oposição ao divino e ao sobrenatural, conceitos que haviam impregnado a cultura da Idade Média. Ou seja, a partir do Renascimento, o ser humano passou a ser o grande foco das preocupações da vida e do imaginário dos artistas. O retrato, por exemplo, tornou-se um dos gêneros mais populares da pintura, utilizado, na ausência da fotografia, para o registro de pessoas e famílias nobres e burguesas. As obras de arte do Renascimento retratavam uma nova maneira de ver o mundo terreno e de relacionar com ele. A valorização da vida neste mundo, a nacionalidade que surgia ligada às necessidades da burguesia levavam a um estudo da natureza, tentando entender o seu funcionamento, e também um desejo de retrata-las nas obras de arte. Isso já era feito na Baixa Idade Média pelo estilo gótico. Mas a expressão artística do Renascimento era um retrato do dinamismo da época: as figuras das artes plásticas movem-se mais livremente, com naturalidade de expressão, com elegância e ritmo, contrastando com a arte medieval, mais solene, rústica e simbólica. As primeiras manifestações do Renascimento nas artes plásticas são detectadas por alguns especialistas já no século XIV (1300 a 1399), por isso esse período ficou conhecido como Trecento. Com presença de traços medievais a arte do período tinha base naturalista. Os artistas dessa época baseavam-se na realidade para produzir pinturas. Foi no