religião
Religiões
A sociedade contemporânea, em especial a do final do século XX e início do século XXI, desenvolveu um elo sólido com as questões de natureza religiosa. Muitos conflitos atuais têm, entre suas matrizes explicativas, motivações de caráter religioso, e a compreensão dos mesmos remete a abordagens sobre as construções religiosas destas sociedades. Palavras como fanatismo, fundamentalismo, guerra santa, entre outros, povoam as referências sobre as experiências históricas da atualidade, que só podem ser devidamente compreendidas através do estudo das religiosidades que compõem estas trajetórias. No entanto, o ensino de história das religiões e religiosidades foi e continua sendo confundido com ensino religioso. Pela abordagem frágil, em especial na rede escolar, o aprendizado sobre as diferentes experiências religiosas cedeu espaço para o enfoque de uma corrente específica, em moldes dogmáticos, correspondendo a um reforço de fé, uma “hora da reza”. Este estudo se ocupa da importância do ensino de história das religiões como importante vertente explicativa dos processos históricos. Preocupa-se em desconstruir a imagem que remete história das religiosidades a ensino religioso, propondo novas abordagens para campo do estudo das religiões.
SEITA
Podemos compreender melhor o que são seitas se, em primeiro lugar, verificarmos qual a diferença entre "seita" e "heresia". "Por definição, um herege é um cristão professo que está errado com relação a alguma verdade particular, ao passo que o ponto essencial quanto às seitas é que elas absolutamente não são cristãs, e sim contrafações do cristianismo." Em seu sentido mais genérico, seita é "devoção a uma pessoa ou coisa particular, dedicada por uma corporação de adeptos". Esta definição está na raiz de termos como "sectarismo", e por esse ângulo tanto um partido político como uma torcida organizada de futebol poderiam ser classificados como "seita". Em nosso estudo, no entanto, estamos