Religião
- Émile Durkheim foi um dos primeiros sociólogos, a reconhecerem a importância da religião na sociedade.
Ele tratou a religião como uma ação coletiva que envolve muitas formas de comportamentos mediante os quais as pessoas
interagem umas com as outras.
Seu interesse não estava, portanto, no estudo da personalidade das pessoas que creem, mas no entendimento do comportamento
religioso no contexto social.
Durkheim definiu religião como um sistema unificado de crenças e práticas relativas às coisas sagradas. Assim, a religião é
constituída por:
Alguma coisa que é considerada sagrada, que transcende ao dia a dia das pessoas e que inspira temor e reverência;
Um conjunto de crenças relativas ao sagrado;
A afirmação dessas crenças mediante rituais;
A organização das pessoas que participam dos mesmos rituais.
Na verdade, a análise sociológica faz um silêncio total sobre a religião, pois o sentimentos religiosos que se encontram numa esfera
de experiências íntimas, subjetivas.
Os sonhos são as religiões que dormem. Religiões são os sonhos dos que estão acordados...Ludwig Feuerbach faz essa comparação
parecer cabível ao mundo sagrado. Eles são expressões da alma humana, sintomas de algo que ocorre em nosso íntimo.
Assim se configura o conflito da alma humana.
Assim como a sociedade proclama a ordem, onde não podemos exercer nossos desejos mais intensos, assim também é a essência
do indivíduo, reprimindo a si mesmo.
E Marx fala sobre uma sociedade sem classes, onde, libertando o povo do capitalismo, as capacidades criativas, até então
reprimidas, dariam vazão real aos desejos mais sinceros do que o povo pode e deve criar para a manifestação de seus sentimentos
mais nobres.
Para Weber , a função primária da religião é a de conferir significado à existência humana e de proporcionar uma visão de mundo.
“Marx foi o único que compreendeu que uma religião que não invoca a transcendência