Religião
A estruturação de um organismo vivo através da transformação de energia da matéria inanimada se dá necessariamente por uma relação entre ambos que se define com base na reciprocidade (dupla relação) que envolve a transformação da natureza à imagem e semelhança do organismo e, condição sine que non, o avesso; ou seja, a transformação do organismo à imagem e semelhança da natureza que o abriga. A sobrevivência de um organismo depende em última instância da capacidade física, biológica e psicológica de transformar o meio à sua imagem e semelhança e, portanto, de autotransformar-se à imagem e semelhança do meio. A psicologia enquanto nos interessa mais de perto se preocupa com os mecanismos de sobrevivência do organismo em termos de percepção, aprendizagem, motivaão, etc.¹ Em outras palavras, conhecendo exatamente como um animal sobrevive, muito saberemos sobre como se comportará (ai está a etologia que não nos deixa mentir). Como já tentaram alguns cientistas, nem consideram o indivíduo como uma tabula rasa na qual o meio escreve sua história, como também já s disse, o objeto da Psicologia consiste em estudar a atividade do organismo. O que os homens são está determinado por sua atividade, à qual está condicionado pelo nível já alcançado no desenvolvimento de seus meios e formas de organização. O homem produz sua própria existência, portanto produz a si mesmo, para tanto se relaciona com os outros, portanto produz e é produzido pelo outro.
O homem e o outro
O trabalho enquanto modo de produção de sua própria existência exigiu do homem a convivência em grupos, o desenvolvimento da linguagem e a divisão de trabalho. Aqui a dupla apropriação homem-meio (transformar e ser transformado pela natureza) se funde e tem como requisito a dupla apropriação homem-homem (transformar e ser transformado pelo outro). Estamos falando do fenômeno da consciência humana. Marx nos revela