religião indigena
Á exemplo do que ocorreu nas outras regiões do Brasil, os povos indígenas do maranhão tiveram sua religião negada nos últimos cinco séculos, os europeus a rejeitaram por considera-las inferior ao cristianismo. Dessa forma a cultura europeia é tomada como referencia para medir e julgar as práticas indígenas e a ausência de elementos constitutivos como templos, orações, calendários litúrgicos e suportes psicológicos como imagens de santos, de divindades e ídolos contribuem para reforçar a ideia de que os nativos não tinham religião. À inexistência desses elementos a partir do conceito europeu de religião tendem a classifica-los desta forma, justificando a necessidade de convertê-los ao cristianismo através da catequização uma vez que para cultuar divindades é necessário um lugar especifico para isso, o templo no caso, e se não existe esse local logo não há religião nem divindade cabendo aos europeus a “tarefa” de criar essa divindade que os nativos irão chamar de tupã na língua Tupi. Essa ideia cria raízes na cultura nacional através dos livros didáticos nada criteriosos.
No Maranhão vivem vários grupos indígenas difundidos em todo seu território como foi mostrado anteriormente, e apesar da similaridade cultural entre os diversos grupos, cada tribo possui sua própria peculiaridade. No caso da religião essa semelhança é muito próxima. Na concepção religiosa dos indígenas do Brasil e, especificamente, do Maranhão não existem divindades, mas heróis culturais e espíritos. Ao invés de cultuar, os indígenas ritualizam as diferentes fases da vida, porque os ritos têm a função de marcar essa passagem de um estágio para outro e a crença religiosa é, antes de tudo, o fato de postular a existência de um meio ambiente invisível, talvez imanente, em pé de igualdade com o visível. Portanto esses rituais estão presentes em todas as comunidades indígenas do Maranhão através de ritos que permeia a vida de cada elemento pertencente á tribo desde seu nascimento até