Religião da modernidade à contemporaneidade
Os seres humanos, na sua essência, não são gerados éticos e nem competentes para as funções sociais, tendo em vista que ambas serão incorporadas no processo do desenvolvimento humano. Nesse contexto, descobre-se que a humanidade tende a repetir suas experiências, contudo, delas muito pouco será assimilado. Na apreciação da vida no seu cotidiano espelham um conjunto de ações e virtudes compartilhadas de forma social que compreendem os sentimentos, afetos, ideias, crenças religiosas, formação cultural e política que lhes assegure a posteridade. Observado de tal ponto de vista, é preciso compreender os diferentes povos que deram origem ao surgimento dos Estados Nacionais e o impacto causado pela religião na estruturação de tais processos, entendendo que cada um é singular e sua herança cultural não o faz maior ou menor, diferente ou igual, é preciso analisar dentro de um contexto histórico respeitando e entendendo suas mudanças e permanências.
Comumente se houve a afirmação que a Igreja Católica, durante o período medieval, desenvolveu uma máxima autoritária, opondo se aos ideais de Liberdade, Igualdade e Fraternidade, princípios que defendiam os revolucionários franceses. Contudo, um estudo mais aprofundado dos acontecimentos ocorridos na França durante esse período de muitas conturbações, demonstrou que a realidade é de uma complexidade que vai alem das aparências. (FORT, Gertrud Von Le, A última ao cadafalso, Quadrante).
A Revolução Francesa estabelecida no século XVIII, é tido no contexto histórico como um marco, um divisor entre o mundo moderno e o mundo contemporâneo. Baseado nos ideais de liberdade igualdade e fraternidade, idealizada por um grupo de Iluministas pensadores, advogados e políticos na sua maioria pertencentes à burguesia, fazia parte do terceiro Estado, classe social responsável pela manutenção dos gastos do clero e da