Religiao
A culpa aprisiona, pois mantém a pessoa ligada a uma situação do passado, influenciando seu presente e comprometendo seu futuro. Ela vem acompanhada de remorsos, arrependimentos, vergonha e uma necessidade – inconsciente – de autopunição, que faz com que a pessoa permaneça no papel de vítima do mundo, papel que só traz estagnação, não gerando as mudanças e crescimento necessários, só traz dor.
Mas, esta ferida pode parar de doer e iniciar o processo de cicatrização se a pessoa for capaz de se perdoar e perdoar ao outro, se for capaz de desapegar das mágoas, dos ressentimentos, da ira. A culpa corrói a alma, o perdão restabelece a ligação com ela.
Perdoar em grego é aphíemi, que quer dizer desligar, soltar, libertar.
É preciso sair do papel de vítima e assumir a responsabilidade pelas escolhas que precisou fazer, levando para seu interior como experiência. O perdão liberta!
Perdoar não significa esquecer, mas, não permitir que volte a acontecer e que os sentimentos ruins não contaminem nossa própria alma.
Logo, tanto perdoar como pedir perdão é procurar enxergar pela ótica de Cristo. Passamos por constantes situações que nos deixam a beira de um ‘’ precipício’’, onde optamos por pular e sofrer as consequências ou nos redimir e lembrar de Cristo, que nos apresentou a lei do Amor: amar ao próximo como a ti mesmo. Sendo nós, algumas vezes egocêntricos, perdoar e/ou ser perdoado passa a ser uma prova de humildade onde todos nós, certamente enfrentaremos na vida e nos trará rumos completamente diferentes.
William Shakespeare tem uma frase muito interessante, na qual diz “odiar é como tomar veneno e esperar com que a outra pessoa morra”, o que vem se concretizando cada dia mais em nosso cotidiano.
Durante o governo do imperador romano Nero, os cristãos sofreram uma das maiores perseguições em Roma: foram torturados, empalados e hostilizados nas arenas durante espetáculos públicos. No ano de 313, o imperador Constantino deu liberdade de