Relações humanas
Através da Experiência de Hawthorne iniciada em 1927, George Elton Mayo (1880 – 1949) determina a correlação da iluminação no ambiente de trabalho com a produtividade dos operários. A partir dos anos 20 percebe-se nas empresas americanas o que se convencionou chamar de “spleen industrial” que consiste no abatimento moral dos trabalhadores com perda de interesse pelo trabalho, fadiga e monotonia. Nessa época as organizações apresentam condições de trabalho consideradas desumanas, com longas jornadas de trabalho em ambientes úmidos, pouco ventilados e pouco iluminados.
Continuando uma série de experiências anteriores, Mayo desenvolve experimentos em grupos de trabalhadores. Em um grupo de pessoas (denominado grupo de controle) alteram-se as condições de trabalho como iluminação, pausas e jornadas de trabalho. Outro grupo permanece nas condições comuns de trabalho. Verifica-se que a produtividade aumentava nos dois grupos e, portanto fatores físicos influenciam menos a produção que os fatores emocionais.
Esse grupo de controle tem uma organização diferenciada e liberdade para trabalhar fora dos padrões normais: liberdade de comunicação, troca de informação, cooperação mútua e liberdade de trocar de função. Pela primeira vez é pesquisada a introdução de intervalos para descanso e de alimentação ao longo da jornada normal de trabalho.
A situação humana, sua análise, seu relacionamento com a gestão das empresas e o funcionamento do ambiente industrial começam a ser evidenciados. O fator humano que até então era tratado como homens econômicos mostra que precisa ser reconsiderado, principalmente com as evidências demonstradas pela experiência de Mayo. Constata-se que houve a formação de grupos informais com padrões, normas e regras próprias; ambiente com maior liberdade propicia maior satisfação no trabalho, resultando em aumento de produtividade; aspectos de liderança mesmo nos níveis mais baixos da organização; ausência de