Relações Contemporâneas Brasil-Moçambique
Projeto de Pesquisa para Iniciação Científica
Relações entre Brasil e África no período Contemporâneo
Núcleo de Apoio à Pesquisa Brasil-África
O Brasil pode ser considerado o país que, entre as 10 maiores economias mundiais, o que certamente tem os maiores laços históricos com o continente africano. Recebeu quase metade do êxodo africano proveniente de um sistema econômico baseado na exploração de mão de obra escrava, sobretudo africana, vigente por quarto séculos, neste que foi o último país a abolir o regime escravocrata.
É notório o enfraquecimento que ocorre nas relações entre estado brasileiro, e os estados e colônias africanas em todo o periodo que se segue. Temos como retrato desta situação o fato de que o primeiro presidente a visitar a África foi João Batista Figueiredo.
Desde seu discurso de posse, em 1º de janeiro de 2003, o ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva enfatizou sua disposição de desenvolver uma relação de parceria com o continente africano: “reafirmamos os laços profundos que nos unem a todo o continente africano e a nossa disposição de contribuir ativamente para que ele desenvolva suas enormes potencialidades”1. As doze viagens ao continente realizadas durante seu governo deram visibilidade à aproximação entre o país e a África e, no que diz respeito à Moçambique, parece ser emblemático que o país tenha sido incluído como destino tanto no giro inicial quanto na viagem final do Presidente ao continente africano. Ao final do mandato do presidente, o Brasil tinha embaixadas em 34 nações do continente, o comércio com a África aumentou significativamente no mandato de Lula, assim como a influência brasileira na região, que facilitou a entrada de empresas brasileiras como a Odebrecht, a Petrobrás e a Vale. O comércio entre Brasil e os países africanos saltou de cerca de 5 bilhões de dólares em 2003, quando Lula assumiu o governo, para 29 bilhões de dólares em 2009, cifra que fez do continente o quarto maior