Relação Social
Resumidamente explicada pela probabilidade que uma determinada ação social tenha seu sentido partilhado pelos agentes, como por exemplo, as relações sociais de hostilidade, amizade e relações políticas. “Em cada uma delas, as pessoas envolvidas percebem o significado, partilham o sentido das ações dado pelas demais pessoas.” Em nossa sociedade, qualquer ação corriqueira e diária será entendida pelos demais membros, mas não por um índio, recém inserido em nosso convívio e ainda não habituado com nossos costumes. As relações sociais se adequam às expectativas do comportamento de cada um dos participantes e, além disso, o caráter recíproco da relação social não significa uma atuação do mesmo tipo por parte de cada um dos agentes envolvidos. Esse caráter apenas significa que ambas as partes envolvidas compreendem o sentido das ações, mesmo sem haver correspondência.
“O que caracteriza a relação social é que o sentido das ações sociais a ela associadas pode ser (mais ou menos claramente) compreendido pelos diversos agentes de uma sociedade. Além disso, os conteúdos atribuídos às relações tampouco são permanentes, seja totalmente ou em parte, assim como as próprias relações entre agentes, as quais podem ser transitórias, duradouras, casuais, repetir-se etc.”
Qualquer relação social pode ter um caráter efêmero e durável, podendo ser interrompida, persistente ou mudar repentinamente seu curso. Certas estruturas sociais só existem enquanto “houver a probabilidade de que se dêem as relações sociais dotadas de conteúdos significativos que as constituem”, é o que Weber diz sobre o Estado e a Igreja, os quais ele chama de “pretensas instituições sociais.” Sobre formações sociais como o Estado, cooperativas, sociedades anônimas etc., Weber afirma:
“Não são outra coisa que desenvolvimentos e entrelaçamentos de ações específicas de pessoas individuais, já que apenas elas podem ser sujeitos de uma ação orientada pelo seu sentido. Apesar disto, a Sociologia não