Relação Psicofármacos e Psiquiatria
A partir do exposto, articule a questão do reducionismo determinista no campo da psicopatologia ao aspecto da singularidade subjetiva.
Com o crescimento acentuado da população mundial fica cada vez mais difícil para uma empresa qualquer atingir o consumidor. Uma as formas de se driblar isso é pegar alguma semelhança entre parte dessa população, deixá-la em evidência e criar um produto direcionado para essa semelhança, como fazem as grandes empresas farmacêuticas, que não só evidencia essa semelhança, mas também a categoriza. Não fosse o fato de que tais semelhanças fossem sintomas não teríamos problemas, afinal muitas outras indústrias utilizam a mesma estratégia, como por exemplo a indústria de games.
Para se manter, a indústria farmacêutica cria e promove fármacos novos para sintomas antigos.
Aliada a essa dinâmica está a psiquiatra, que, por buscar sempre a causa orgânica dos fenômenos mentais, acaba contribuindo para o sufocamento da singularidade subjetiva de cada indivíduo.
Para uma proposta de cura mais rápida, a psiquiatria precisou categorizar os sintomas e criar uma lista com as doenças e seus tratamentos, o DSM. O grande problema do DSM é que, inevitavelmente, ele suprime a singularidade subjetiva de cada indivíduo, fazendo com que ele se encaixe num determinado grupo.
Porém a criação do DSM nos trouxe muitas vantagens e de fato ajuda em muitos tratamentos, mas também faz com que o indivíduo seja reduzido a um doente, fazendo-o procurar cada vez mais remédios para a cura de seus sintomas e muitas vezes ignorando a causa deles, não buscando formas alternativas de cura.
Juntamente a toda essa dinâmica entram também os preconceitos criados pela sociedade,