Relação home natureza
A crise ambiental de nossos dias, ao se constituir no próprio retrato da modernidade, coloca em evidência as mazelas da racionalidade, e reforça que nada é considerado mais moderno, do que a atual obsessão pela tecnologia e os seus efeitos sobre a vida humana. (BORTOLOZZI e PEREZ, 1998, p.10).
Na contemporaneidade a humanidade enfrenta um momento extremamente crítico em relação à situação atual da natureza. Essa se manifesta demonstrando um estado de crise que foi gerado pela exploração descontrolada dos recursos naturais, e os reflexos da ação irresponsável do homem fizeram com que essa geração ao perceber que o desequilíbrio ambiental coloca a sobrevivência da humanidade em risco, ficasse atenta com relação aos assuntos ambientais, criando soluções para promover o desenvolvimento sustentável. Partindo desse pressuposto esse trabalho tem como objetivo analisar as considerações de Francis Bacon, em sua obra A Nova Atlântida e do Filósofo Hans Jonas em a ética da responsabilidade, sobre a relação homem-natureza.
Na obra Nova Atlântida escrita em 1624, Francis Bacon apresenta uma fabula que propõe uma sociedade que possuísse a capacidade de interpretar a natureza e a partir daí, desenvolver tecnologias que supostamente facilitaria a vida do homem.
Não seria exagero afirmar que ao analisar a obra de Bacon verifica-se que explicitamente e enfaticamente sem nenhum receio ou temor às consequências vindouras propõe que por meio da ciência o homem domine a natureza. “(...) Sabemos fabricar artificialmente o arco-íris, auréolas e círculos luminosos.(...) E igualmente temos máquinas para multiplicar e intensificar a força dos ventos, dirigindo-a para outros movimentos.”(BACON, p. 263 e 267). Siqueira (2008) ao analisar as ideias de Bacon afirma que é possível perceber na exposição de seus pensamentos o clima de legitimação da quebra da inserção no cosmos e da