Relação entre o positivismo e a proclamação da república

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O regime político imperial achava-se organizado como uma monarquia constituicional representativa e hereditária, em cujo seio se levantava um partido republicano ideologicamente dividido, isto é, composto de democratas e positivistas.

Inspirados na filosofia de Auguste Comte e na sua Teoria dos Três Estados ou Estágios de Civilização (o teológico, o metafísico e o científico ou positivo), os republicanistas que se opunham aos democratas defendiam uma república provisória com meio para alcançarmos a ordem e o progresso. Segundo eles, somente numa ditadura sociocrática, nos moldes positivistas, poderiam ser resolvidos os nossos problemas; para atingirmos esse objetivo tornava-se necessária a instauração desse regime ditatorial e, ao combaterem então a monarquia esses políticos defendiam o republicanismo.

A campanha republicana no nosso país foi acalorada. A polêmica se travava não só entre anti-monarquistas e conservadores, mas também dentro do próprio Partido Republicano. Tal polêmica era reforçada pelas atividades da Igreja Positivista que publicava opúsculos e circulares anuais.

Entretanto, o crédito da Proclamação da República deve ser dirigido não aos ortodoxos, isto é, aos seguidores da Igreja Positivista, mas aos chamados dissidentes, os militares políticos que, como Benjamin Constant realizaram uma tarefa doutrinária.

É fora de dúvida que o que podemos chamar de "apogeu do positivismo" no Brasil deu-se no período imediato ao 15 de novembro. A essa época o Apostolado Positivista, que se achava separado por laços formais da ala positivista liderada por Benjamin Constant (então Ministro da Guerra), reconcilia-se com este e passa a ter atuação marcante no estado político que estava nascendo.

Devemos destacar nas suas atividades as seguintes medidas republicanas sob a influência do positivismo:

a bandeira republicana com o seu dístico ORDEM E PROGRESSO; a separação da Igreja e do Estado; o decreto dos feriados; o casamento civil.

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