Relação entre o filme "enigma de kaspar hauser"e a sociologia
O Enigma de Kaspar Hauser tem muita semelhança com a história do Menino Lobo e a do Indivíduo. O filme retrata uma pessoa criada por um homem, seu "pai", num cativeiro, onde sua situação era precária por ser acorrentada, dormir no chão do calabouço, não ter alimentação adequada e sequer higiene básica. Além disso, o protagonista não vivia em sociedade, portanto ninguém o havia ensinado a falar, a escrever, a ler e ele não dispunha de contato algum com qualquer manifestação de cultura ou informações essenciais. Por isso, também não tinha a menor noção de perigo e nem sabia expressar seus sentimentos.
O homem que criou Kaspar Hauser abandonou-o no meio de uma cidade alemã totalmente desconhecida por ele, portando apenas uma carta na mão. Assim que foi encontrado, as pessoas abismadas o levaram ao destino descrito na carta, onde o acolheram e ensinaram-no a ser um indivíduo social.
Este filme comprova por meio da vida de Kaspar Hauser o que a Sociologia quer expressar: ele não foi criado como um indivíduo, não teve família, escola, trabalho, religião e por não ter tido sua primeira esfera social, não foi apto a aprender conceitos básicos da vida em sociedade. Além disso, o ser humano é por si um ser que imita e, por viver isolado, Kaspar não tinha referências, não tinha quem ou o que imitar. Deste modo, acabou se tornando "anormal", já que não andava e muito menos falava.
No decorrer do filme, Kaspar aprende as lições básicas da sociedade e vai se tornando um ser social. Deste modo, ele se transforma em uma pessoa diferente do que era no cativeiro.
No final do filme, Kaspar Hauser morre vítima de agressões. Os médicos fazem a autópsia e descobrem uma deformidade: uma metade do seu cérebro era mais desenvolvida que a outra. A parte mais desenvolvida atribuía a Kaspar uma maior facilidade artística, por exemplo, com a música e jardinagem. Já a outra parte lhe causava dificuldades de