Análise do filme kaspar hauser
Seguindo a tese de que a socialização é um processo em que as pessoas assimilam significados e padrões para seu comportamento perante a sociedade, pretendo analisar de forma simples, porém bem elaborada o filme “O Enigma de Kaspar Hauser”, do diretor alemão Werner Herzog, procurando evidenciar e esclarecer o processo de integração social do jovem Kaspar.
Kaspar Hauser passou sua infância e parte da adolescência trancado em uma torre, recebendo apenas o básico para sua sobrevivência privado de contato com social com o mundo exterior. Certo dia é levado à Nuremberg no meio da noite, e lá é deixado com apenas uma carta anônima pedindo que fizessem dele cavaleiro.
O grande enigma que envolve o filme é justamente esta misteriosa aparição de Kaspar e sua origem desconhecida. Um garoto que jamais aprendeu a falar e nunca teve contato com outras pessoas. Seu comportamento causava estranheza às pessoas, que procuraram adaptá-lo à sua nova vida, agora em sociedade. Kaspar passa a desenvolver a capacidade de comunicação e raciocínio, e torna-se uma espécie de atração da cidade. Com o correr dos anos, quando mais acostumado com a vida naquele meio, sofre um atentado e após certo tempo ferido, morre.
Adaptação ao meio social
Analisando segundo uma abordagem funcionalista, tentar integrar o jovem Kaspar é a maior dificuldade encontrada. Todo o processo de integração social, e sua conseqüente significação para o individuo, dependem diretamente da linguagem, a qual Kaspar não possui conhecimento e domínio. Desta forma sem este conhecimento, é inicialmente incapaz de se adaptar a este novo sistema em que vive.
Kaspar Hauser cresceu sem assimilar códigos (linguagem) à objetos (coisas), portanto sua realidade torna-se diferente da dos demais. Assim, nega a ordem vigente, não aceitando os referenciais à ele impostos. Demonstra grande dificuldade em compreender a sociedade e reconhecer-se como parte integrante dela.
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