Análise sociológica do filme “o enigma de kaspar hauser”
Análise Sociológica do filme “O Enigma de Kaspar Hauser”
Kaspar Hauser foi um homem criado desde seu nascimento no isolamento total, não tendo contato com humanos, nem com nada que pudesse influir no seu comportamento. Seu mundo se resumia ao calabouço em que vivia.
Devido a nunca ter tido nenhuma relação social, Kaspar não sabia falar e mal sabia andar, isso se explica pelo fato de que todas as nossas ações, nossa fala e até mesmo nossos pensamentos são socialmente construídos. Kaspar era um humano, porém não agia como tal, não tinha sentimentos, e nem expressava a dor da maneira comum da sociedade, pois ele agia por instinto.
Ao ser encontrado em uma praça, Kaspar é acolhido na casa de um professor, que procura ajudar ele a progredir, é quando então começa seu processo de socialização. Kaspar não entendia nada do que as pessoas falavam, apenas repetia o que lhe era dito, sem ter nenhum sentido. Ele estava passando por um constante processo de aprendizagem, recebendo uma quantidade enorme de informações, numa velocidade na qual ele nunca tinha tido antes. Kaspar Hauser era um adulto, mas seu cérebro funcionava como o de uma criança no processo de aprendizagem.
Com o tempo Kaspar Hasuser aprende a fala, mas mesmo dominando a linguagem, ele tem dificuldade em entender as abstrações e a forma de organização da sociedade, pois a lógica de Kaspar era totalmente diferente das demais da época. Em uma parte do filme Kaspar comenta: "Como esta torre é grande! O homem que a construiu deve ser muito alto!" (Fala do Kaspar Hauser, no filme “O Enigma de Kaspar Hauser- Herzog) Mostrando que coisas que pareciam óbvias para quem era daquela sociedade, para Kaspar não fazia sentido, pois ele não havia passado pelo processo de aprendizado e socialização necessários para que ele