Relação entre poder e politica
As sociedades modernas existem várias formas de poder: poder político, exercido pelo Estado e as suas instituições tripartidas (legislativo jurisdicional e executivo); poder econômico, exercido pelos empresários; poder da comunicação e informação, exercida pelos media; poder dos grupos de pressão, exercido por associações, sindicatos, ONG, igrejas, etc., através de uma prática hoje muito difundida e eficaz: o lobby, também chamado "advocacia social". O poder mais visível e atuante é, sem dúvida, o poder político, exercido pelo Estado. Cada cidadão transfere para esta instituição uma parte da sua soberania individual, conferindo-lhe mandato para atuar em seu nome na defesa dos interesses comuns da sociedade. Este poder representativo de toda a sociedade dá ao Estado autoridade para exercer sobre o conjunto da sociedade o poder político, nas mais variadas formas: legislativa, administrativa, judicial e coerciva. Apesar de a sua presença não ser notória, pois se apresenta como um conjunto disperso e normalmente não organizado institucionalmente, o poder econômico constitui na verdade um poder final, muito importante e decisivo das sociedades modernas. Este poder tem influência sobre todos os outros poderes, exercendo uma ação dinamizadora sobre o conjunto da sociedade, incluindo sobre os poderes político, mediático eu grupos de pressão. Tratando-se de um poder assente na propriedade privada, estamos no chamado domínio dos direitos absolutos, pois é inerente ao ser humano, não sendo permissível que sobre mesmo se sobreponha outro qualquer direito de propriedade. A lei atribui um amplo conteúdo ao direito de propriedade privada: o direito de possuir, usufruir e decidir sobre o seu destino. É o que o direito romano chamava de “jus ofendi, fronde ET Abu tendi". Apenas os direitos fundamentais (como também considerado o direito de propriedade privada) têm um conteúdo tão vasto inalienável como o do direito de propriedade privada.