Relação entre dinheiro e felicidade
Por um lado, há um elo inquestionável entre uma coisa e outra. É claro que ter dinheiro suficiente para atender às necessidades básicas de todo ser humano — alimentação, vestuário e moradia — é motivo de felicidade, ou pelo menos de alívio do estresse, o que gera um contentamento maior. Quanto mais dinheiro a pessoa tem, mais coisas ela poderá comprar que a deixarão feliz: um sofisticado iPhone 4, um belo carro novo ou um fino cachecol de casimira. Por outro lado, esses objetos materiais não costumam dar a mesma alegria, por exemplo, de uma manhã na praia na companhia dos filhos ou de uma longa conversa com um velho amigo.
"A relação entre dinheiro e felicidade é complexa", diz Ed Diener, professor emérito de psicologia da Universidade de Ilinóis e especialista em pesquisas sobre a mensuração da felicidade. "Em condições normais, ter mais dinheiro será sempre uma coisa boa. Contudo, embora o dinheiro deixe a pessoa mais feliz, há outros fatores que complicam essa correlação."
Portanto, embora o dinheiro possa tornar as pessoas mais felizes, outras considerações como, por exemplo, se a pessoa vive num país economicamente avançado e como ela lida com o tempo, também entram na equação.
Nos anos 70, eram poucas as pessoas que estudavam a questão da felicidade humana. Havia poucos dados confiáveis para a mensuração do bem-estar individual ou nacional. Na época, a pesquisa sobre o tema indicava que para além de um mínimo, o efeito da renda sobre a felicidade era apenas modesto. Numa determinada sociedade, os ricos eram mais felizes do que os pobres, mas os cidadãos dos países ricos não eram muito mais felizes do que os de países de renda mediana ou mesmo pobres. Essa descoberta, que ficou conhecida como Paradoxo de Easterlin, em homenagem a