Relação Entre as Teorias de George Berkeley, David Hume e Immanuel Kant
INTRODUÇÃO
Este trabalho tem como objetivo principal expor as teorias de George Berkeley, David Hume e Immanuel Kant, e posteriormente relacioná-las, de modo a ressaltar em que elas se assemelham e em que elas diferem, quanto ao tema abordado por eles: o modo como o homem produz seu conhecimento.
Teorias de George Berkeley, David Hume e Immanuel Kant
Teoria de George Berkeley
George Berkeley (1685-1753), rejeita qualquer ação efetiva do objeto sobre o sujeito na construção do conhecimento humano. Afirma que existir é ser conhecido. Ou seja, as coisas que existem não podem provocar o conhecimento, pois são passivas e inertes. É o intelecto do sujeito que, em contato com os objetos produz o conhecimento. Berkley admite, no entanto, que nem tudo o que conhecemos é produto puro do intelecto, pois características dos objetos às vezes se impõem. Esse conhecimento, porém, não é gerado pelo objeto. É provocado por Deus, criador de todas as coisas e autor da extensão, figura e movimento que os objetos carregam.
Berkeley também negou enfaticamente a possibilidade de existirem ideias abstratas. Nossas ideias seriam, assim, sempre relativas a objetos particulares. A única generalidade que se poderia revelar nelas seria a de sua significação: a ideia que temos sobre, por exemplo, certo triângulo, poderia, com efeito, servir para representar qualquer triângulo.
No fundo, Berkeley não contesta a existência de ideias gerais, desde que não se considere a generalidade como atributo da própria ideia e apenas se veja nela um sistema de relações com outras ideias do mesmo gênero. O que parece inadmissível a Berkeley é a existência de ideias gerais e abstratas no sentido de ideias de conteúdo indeterminado.
Teoria de Immanuel Kant
Imanuel Kant (1724-1804), diz que o conhecimento é composto de forma e matéria. A forma é um