barão de maua
Irineu Evangelista de Sousa foi um notável empresário, industrial, banqueiro, político e diplomata brasileiro, um símbolo dos empreendedores do país no século 19.
Aos cinco anos de idade, Irineu perdeu o pai, assassinado. Três anos depois, sua mãe se casou de novo e o entregou a um tio. Após um período em São Paulo, Irineu viajou para o Rio de Janeiro e, aos 11 anos, empregou-se como balconista de uma loja de tecidos.
Em 1829, a loja foi adquirida por Ricardo Carruthers (1830), que ensinou ao jovem inglês, contabilidade e a arte de comerciar. Aos 23 anos, Irineu já era sócio da firma. No ano seguinte, em 1837, com a volta dos donos para a Inglaterra, Irineu ficou na direção do negócio.
Comprou uma chácara em Santa Teresa e ajudou os revolucionários farroupilhas a fugir das prisões no Rio de Janeiro. Em 1839 foi ao Sul buscar a mãe e a irmã. Com elas veio Maria Joaquina Machado, com quem ele se casou em 1841.
A sua primeira viagem à Inglaterra em 1840, convenceu-o de que o Brasil deveria caminhar para a industrialização. Em 1844, a lei Alves Branco elevou a tarifa sobre as importações e no ano seguinte Irineu fechou a casa Carruthers & Cia.
Iniciando o ousado empreendimento de construir os estaleiros da Companhia Ponta da Areia, fundou a indústria naval brasileira (1846), em Niterói, e, em um ano, já tinha a maior indústria do país, empregando mais de mil operários e produzindo navios, caldeiras para máquinas a vapor, engenhos de açúcar, guindastes, prensas, armas e tubos para encanamentos de água. A partir de então, dividiu-se entre as atividades de industrial e banqueiro.
Foi pioneiro no campo dos serviços públicos: fundou uma companhia de gás para a iluminação pública do Rio de Janeiro (1851), organizou as companhias de navegação a vapor no Rio Grande do Sul e no Amazonas (1852), implantou nossa primeira estrada de ferro, de Raiz da Serra à cidade de Petrópolis RJ (1854), inaugurou o trecho