Relação de trabalho e sociedade na Grécia antiga

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Muitas civilizações da antiguidade baseavam-se em sistemas escravistas, o mesmo ocorreu na Grécia antiga, em que o escravo não possuía mera importância de mão de obra braçal, mas de educar e gerar o ócio (tempo livre) para que o cidadão grego, mais precisamente o cidadão ateniense, para que ele possa pensar e participar da política.
Para o povo ateniense dos séculos VI a IV a.C., a condição de escravo estava relacionada à concepção política que a sua sociedade desenvolveu. Em Atenas, o cidadão, deveria participar ativamente das discussões dos problemas da pólis, além de participar da elaboração de leis e aos cargos públicos, para isso era necessário ócio do cidadão para que o mesmo exercesse tais funções.
De acordo com Aristóteles era importante que o cidadão Ateniense não exercesse trabalhos braças, já que para ele o trabalho manual, acreditava ele, entorpece e deteriora a mente, não deixando tempo nem energia para a inteligência, para a política, e assim sendo trabalho apenas para escravos.
Na Grécia o trabalho escravo ganha importância também para manter o sistema econômico da época, já que o escravismo tornou-se o modo de exploração econômico que sustentava a cidade e o campo e que proporcionava o privilégio do ócio às elites gregas.
Os escravos poderiam ser adquiridos de duas formas principais na Grécia, podendo ser por dívida, que foi abolida por volta do século V a.C., ou por escravos de guerra, porém nem sempre o escravo exercia trabalhos manuais, escravos mais inteligentes muitas vezes possuíam funções pedagógicas na qual deveriam ensinar e formar o cidadão para que ele pudesse participar da política e auxiliar nos problemas da pólis.
Referências
ARANHA, Maria. Filosofar com textos. São Paulo: Editora Moderna, 2012.
Mural do conhecimento, O MUNDO DO TRABALHO NA SOCIEDADE GREGA. Disponível em: http://muraldoconhecimento.blogspot.com.br/2011/04/o-mundo-do-trabalho-na-sociedade-grega.html.

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