Relatórios
Um leitor capaz de compilar diversas imagens e novas formas de ler. Com o surgimento, principalmente, do jornal impresso, ligado à nova conduta social de consumo e amparada na publicidade espalhada por toda a cidade que impulsionou outra óptica, outras formas de ler, porém nenhuma menor que a outra.
Com o advento tecnológico em expansão, com a introdução dos cinemas e a instantaneidade da televisão, quebrou-se um paradigma e surgiu um leitor que acumula características do perfil anterior “contemplativo”, mas que passa a ser também movente; leitor de formas, volumes, massas, interações de forças, movimentos; leitor de direções, traços, cores; leitor de luzes que se acendem e se apagam; leitor cujo organismo mudou de marcha, sincronizando-se à aceleração do mundo.
O Leitor Imersivo
O leitor imersivo ou virtual, assim como citado acima, surge da multiplicidade de imagens sígnicas e ambientes virtuais de comunicação imediata. Esse novo tipo de leitor nasce inserido dentro dos grandes centros urbanos, acostumados com a linguagem efêmera e provido de uma sensibilidade perceptivo-cognitivo quase que instantânea.
De acordo com Santaella (2004), o receptor de uma hipermídia ou seu usuário coloca em ação mecanismos, ou melhor, habilidades de leitura muito distintas daquelas que são empregadas pelo leitor de um texto impressão como o livro. Por outro lado, são habilidades também distintas daquelas que são empregadas pelo receptor de imagens ou espectador de cinema, televisão.
Essas habilidades de leitura multimídia ainda mais se acentuam, quando a hipermídia migra do suporte CD-ROM para transitar “nas potencialmente infinitas infovias do ciberespaço”. (p. 11. Com a proliferação crescente das redes de telecomunicação, especialmente da internet que liga todos os pontos do globo, surge um leitor que possui novas formas de percepção e cognição que os atuais suportes eletrônicos e estruturas híbridas e alienares do texto escrito estão fazendo emergir.