relatório
AS PRIMEIRAS URBANIZAÇÕES E FÁBRICAS DO BRASIL
AS PRIMEIRAS URBANIZAÇÕES:
O Brasil conhece o fenômeno da urbanização propriamente dita em meados do século XX. Até então, a vida urbana resumia-se, na maior parte do país, as funções administrativas voltadas a garantir a ordem e coordenar a produção agrícola.
Em fins do século XIX, o Brasil assiste ao crescimento do fenômeno de urbanização do território. São Paulo, líder na produção cafeeira, inicia a formação de uma rede de cidades, envolvendo os estados do Rio de Janeiro e de Minas Gerais. Mas, apenas em meados do século XX, quando ocorre a unificação dos meios de transporte e comunicação, que as condições se tornam propícias para uma verdadeira integração do território.
A evolução da taxa de urbanização no Brasil indica a importância e a velocidade das transformações. Em 1950 este índice alcançava 36% sobre o total da população do país. Em 1970 representava 57%, ou seja, mais da metade da população, e em 1990, chegava a 77%.
Na década de 1980 o país já contava com 142 cidades com mais de 100 mil habitantes e em 1991 em 187 cidades.
Nos anos 90 constata-se uma elevação nas taxas de urbanização das diversas régios do país. O Sudeste, pioneiro do moderno sistema urbano brasileiro, apresentava em 1996 um índice em torno de 88%, seguido pelo Centro-oeste, com 81%, o Sul com 74%, o Nordeste com 61% e por fim o Norte com 58%. De modo geral, o fenômeno é significativo e os diferentes índices refletem diferenças qualitativas ligadas à forma e ao conteúdo da urbanização.
Nos últimos duzentos anos, a população humana residente nas cidades aumentou de 5% para 50%. As estimativas para 2030 são mais de dois terços da população mundial morando em centros urbanos. Tal mudança trouxe consigo várias alterações no estilo de vida, pois reflete o desenvolvimento industrial e tecnológico exponencial que parece ser a maior razão individual para o aumento dos grandes centros