Relatório sobre o trabalho desenvolvido a partir da parte iv “ do reino das trevas”
A relação entre a Igreja, ou religião, e a influência exercida por ela sobre as sociedades ganham grande ênfase e uma análise aprofundada nos textos que compõe a IV parte da obra de Thomas Hobbes.
“Do Reino das Trevas” revela uma série de fatores negativos ocasionados pelo uso perverso, através dos membros da Igreja, dessa relação e da má interpretação das escrituras, além de soluções que poderiam ser usadas pelo Estado para conter tais equívocos.
Segundo Hobbes a má interpretação das escrituras se dá devido à quatro erros: falta de conhecimento e estudo das escrituras; predomínio da demonologia; mescla das escrituras com a religião e crença filosófica grega; mescla das escrituras com discutíveis tradições e falsas histórias. São quatro erros que favorecem e coincidem com o interesse do clérigo- e demais membros da instituição religiosa- em manipular os fiéis.
A tentativa de convencer os cristãos de que o Reino de Deus ainda se fazia presente e era, exatamente, a Igreja e os cristãos, é considerada pelo autor o principal abuso do uso das Escrituras. O trecho “Venha a nós o vosso reino”, da prece ensinada por Cristo, no entanto, confirma a idéia de que o Reino de Deus ainda não havia começado, desde aquele instituído pelo Ministério de Moisés que teve fim com a eleição de Saul, quando o próprio Povo Eleito pediu para ser governado por um Rei e não mais por Deus. Esse erro intencional de interpretação- dizer que o Reino de Deus já havia começado- fazia do Papa o vigário geral de Cristo e dava a ele, pouco a pouco, maior poder sobre a sociedade e, conseqüentemente, sobre as decisões do Estado.
Sendo o poder do Papa quase equivalente ao poder do Rei, ficava difícil para o povo distinguir a função de cada um e saber a quem obedecer. As Lei Canônicas, inicialmente aceitas de forma voluntárias pelos Príncipes Cristão, passaram a ser obrigatórias durante determinado período, o que