O papel da ONU no Sudão
Os países do bloco socialistas, incluindo a União Soviética, passavam por uma grave crise econômica na década de 1980. A falta de concorrência, os baixos salários e a falta de produtos para consumo foram responsáveis pela crise nos países socialistas, o que contribuiu para o colapso deste regime e consequentemente o fim da Guerra Fria (HOBSBAWM, 1991)
A queda do muro de Berlim, em 1989, revestiu-se no ato simbólico que decretou o fim de décadas de disputas econômicas, ideológicas e militares entre o bloco capitalista, comandado por Estados Unidos e o socialista, dirigido pela União das Repúblicas Socialistas Soviéticas-URSS (HOBSBAWN, 1991).
O término do antagonismo EUA-URSS é apontado como a causa principal da quebra do equilíbrio de poderes na seara internacional, dando origem a um cenário de instabilidades marcado pela emergência de movimentos nacionalistas, até então reprimidos pelas superpotências (HERZ; HOFFMAN, 2005).
Ao mesmo tempo, o fim do conflito entre os dois blocos político-ideológicos representou uma intensificação do processo de globalização, ou seja, uma maior ligação e interdependência entre as sociedades, permitindo dessa forma que o modelo ocidental de organização e governança das sociedades nacionais, baseado no tripé: economia de mercado, democracia e direitos humanos, universaliza-se. Nesse contexto, as normas sobre as quais se basearam as novas operações de paz – expansão da democracia e respeito pelos direitos humanos- passavam por um momento de crescente universalização e enraizamento (HERZ; HOFFMAN, 2005).
Deve-se destacar que o caráter das operações de paz da ONU tem se modificado de forma drástica nos últimos anos. A fase das operações de paz tradicionais, que se estende de 1948 a 1989 foi inovada. Depois de 1989, novos parâmetros foram aos poucos sendo introduzidos. As novas missões são mais complexas e o envolvimento no processo de resolução de conflitos são mais claras. (HERZ; HOFFMAN, 2005).
As técnicas de