Relatório sobre o filme “Doze homens e uma sentença”
O filme mostrou de forma perceptivelmente minimalista o transcorrer de um julgamento, em que um jovem caracterizado por ser desfavorecido econômica e socialmente, foi acusado de ter matado o próprio pai a facadas, pai este que, diante de testemunhos, o maltratava. Relatado o caso e ouvidas as testemunhas, os jurados, instruídos pelo Juiz sobre como deveriam proceder, dirigiram-se para uma sala, onde iniciaram uma análise dos fatos relatados e ocorridos e dessa sala só poderiam sair com o resultado de uma votação unânime e convicta. Era função daqueles que ali se encontravam a de determinar o destino do jovem réu, sendo ele culpado ou não culpado.
Todos eles se dirigem uns aos outros apenas pelo número que lhes foi atribuído. Cada um deles carrega consigo um determinado estereótipo marcado, A maioria dos jurados está com pressa para ir embora e voltar para suas respectivas vidas, então sem muita cerimonia em uma votação quase unanime atenta-se a condição de culpado do jovem. Porém, um deles vota pela inocência do réu e começa a questionar a si próprio e os demais presentes no jurí se realmente o réu é culpado, se essa verdade é inquestionável, se não há ali algo além do que lhes foi mostrado.
Em certo momento, podemos registrar um contrassenso análogo à vida real no que tange ao acesso à justiça, onde o réu, por sua parca condição financeira, não pôde ter um advogado que melhor representasse seus interesses. Pois bem, um caso de homicídio que, inicialmente, afigurava-se como de fácil solução, foi aos poucos se desdobrando e mostrando diversas faces que culminaram com a absolvição do réu. Perceptível a dificuldade dos jurados frente ao caso, vez que os princípios, educação, preconceitos, estado de saúde, origem, valores, condição social e financeira de cada um influenciava diretamente na opinião, impossibilitando assim a manutenção do distanciamento necessário para dissolução do caso, havendo então duas