Relatório sobre a vida do fotografo Kevin Carter
Kevin Carter nasceu na África do Sul durante o período do apartheid e cresceu em um bairro de classe média exclusivo para brancos. Quando criança, Carter ocasionalmente via batidas policiais para prender negros que viviam ilegalmente na área. Após o ensino médio, Carter abandonou seus estudos para se tornar farmacêutico e foi convocado para as forças armadas. Para escapar da infantaria, alistou-se na Força Aérea, onde serviu por quatro anos.
Em 1980, ele testemunhou um garçom negro sendo insultado no refeitório. Carter defendeu o homem e acabou por ser espancado pelos outros militares. Em seguida, ele desertou na tentativa de começar uma nova vida como DJ com o nome "David". Isso, no entanto, mostrou-se mais difícil do que ele imaginava. Logo depois ele decidiu cumprir o resto do seu serviço militar obrigatório. Depois de testemunhar os ataques de Church Street em Pretóriaem 1983, realizados pelo Umkhonto we Sizwe, o braço militar do Congresso Nacional Africano, ele decidiu se tornar fotojornalista.
Carter começou a trabalhar como fotojornalista esportivo nos fins de semana em 1983. Em 1984, ele mudou-se para trabalhar para o jornal Johannesburg Star, empenhado em expor a brutalidade do apartheid.
Carter foi o primeiro a fotografar uma execução pública necklacing (um tipo de execução e tortura praticada ao colocar um pneu de borracha, cheio de gasolina, em torno do peito e dos braços da vítima, e depois atear fogo) de negros africanos na África do Sul, por volta da década de 1980. A vítima era Maki Skosana, que havia sido acusada de ter um relacionamento com um policial. Carter, depois, falou sobre as fotografias: "Fiquei chocado com o que eles estavam fazendo, eu estava chocado com o que eu estava fazendo, mas, em seguida, as pessoas começaram a falar sobre as fotos então eu senti que talvez minhas ações não tinham sido de todo mal. Ser testemunha de algo tão horrível não era necessariamente uma coisa ruim a se fazer".
Em março de 1993,