Relatório: Passeio ao Crepúsculo (1889-1890) - Van Gogh
Ao entrar no museu do MASP, logo me deparei com o quadro “Passeio ao Crepúsculo”, de Van Gogh, o qual se encontra na seção Romântica. Chamou-me atenção pelo fato das cores darem a impressão de sutileza ao quadro. Juntamente dela as pinceladas descontínuas e sinuosas o tornam real, com movimento. As duas pessoas centradas ali aparentam estar desiludidas (suas faces nem expressões têm), e com o olhar fixado para baixo do quadro (além dele), me deu a sensação de ter um abismo entre o pictórico e o espectador. Parecem estar presos ao quadro, e os braços da moça sugerem: “Olha o mundo exterior!”.
Voltando as cores, que me maravilharam, acredito que da metade do quadro para baixo (campo e pessoas) as cores são amenas, mas ao olhar para o restante me gerou um grande impacto, dado pela maneira como a montanha (em perfeita profundidade de campo) está retratada. Embora a montanha esteja longe e, portanto, “pequena”, sua cor forte, mais a do céu, com um azul esverdeado, mais a da lua tomam conta da imaginação. A maneira que estão retratados é forte, impactante, como se a hora da noite estivesse por vir, ou como se a natureza ainda estivesse sob controle. Gostei também de como os pinheiros finos nas pontas alcançam o céu.
Todos esses efeitos gerados fizeram com que a natureza parecesse um organismo vivo. Fruto dessa belíssima representação.
Vincent Willem van Gogh foi um pintor pós-impressionista neerlandês, considerado um dos maiores de todos os tempos. Sua obra A Noite Estrelada é uma das mais conhecidas pinturas do artista holandês. Foi criada por Van Gogh aos 37 anos, enquanto esteve em um asilo em