para-raios
Benjamin Franklin
O cientista e também escritor e diplomata Benjamin Franklin (1706-1790) usou um fio de metal para empinar uma pipa de papel. Este fio estava preso a uma chave, também de metal, manipulada por um fio de seda. Franklin soltou o "brinquedo" junto com o filho e observou que a carga elétrica dos raios descia pelo dispositivo.
A perigosa experiência, realizada em 15 de junho de 1752, comprovou à comunidade científica da época que o raio é apenas uma corrente elétrica de grandes proporções. Como cientista voltado à praticidade e à utilidade de suas descobertas, Franklin demonstrou ainda que hastes de ferro ligadas à terra e posicionadas sobre ou ao lado de edificações serviriam de condutores de descargas elétricas atmosféricas. Estava inventado o para-raios.
Em uma carta enviada a um amigo em Londres, Franklin sugeriu a ampla instalação dessas estacas de proteção contra a ação dos raios. A ideia espalhou-se rapidamente e, apenas um ano depois, um padre construía o primeiro para-raios na Europa. Na Alemanha, a invenção chegaria alguns anos mais tarde, tendo sido o primeiro dispositivo instalado em Hamburgo no ano de 1769.
Um para-raios construído hoje é composto por hastes e cabos metálicos, colocados no ponto mais alto do local a ser protegido. Estes cabos, que ligam o topo de um prédio ao solo, recebem as descargas dos raios, direcionando-as para a terra. A outra extremidade do fio condutor é ligada a uma barra metálica enterrada no solo, que recebe a corrente elétrica.
Mais de dois séculos de polêmica
Desde a invenção do para-raios, não havia consenso entre os cientistas sobre a melhor forma de construir o dispositivo. Franklin sugeria um objeto pontiagudo, enquanto na Inglaterra foram confeccionados para-raios arredondados, por decreto do rei Jorge 3º. Segundo ordens da corte, um