Relatório PA
A pressão arterial (PA) é um dos sinais vitais, bem como temperatura, respiração e pulso que, quando alterada, pode acarretar em complicações sistêmicas graves. Os antigos egípcios já tinham conhecimento sobre a origem da pulsação e da função de bombeamento do coração, mas a obtenção da pressão arterial só ocorreu séculos mais tarde (Kohlmann, 2011). O conceito de PA consiste na força em que o sangue exerce nas paredes internas dos vasos sangüíneos. A pressão arterial depende de vários fatores, a saber: volume de sangue impulsionado para a corrente circulatória em um determinado tempo (débito cardíaco); volume total de sangue circulante (volemia); integridade dos vasos (resistência periférica); viscosidade sangüínea; agentes químicos e hormonais; sistema nervoso; elasticidade dos vasos; calibre dos vasos; emocional; entre outros. Qualquer dano nesses fatores pode alterar a pressão arterial (Neto, 2006). William Harvey, o “descobridor da circulação”, publicou seus estudos sobre a circulação, mas foi tão contestado que somente um século depois a primeira medição da pressão arterial foi realizada em um animal pelo reverendo Stephen Hales. Enquanto uns reconheceram o trabalho de Hales como ponto inicial ao desenvolvimento da hipertensão, outros argumentaram que o marco de referência foi o conceito emitido na primeira década do século XX, onde se destacou a pressão arterial alta como fator de risco (Kohlmann, 2011). Em 1834, após uma sequência de experimentos invasivos, o médico francês J. Hérisson e o engenheiro P. Gernier criaram um instrumento que permitiu que fosse feita a quantificação do pulso arterial sem que houvesse necessidade de punção. Kohlmann (2011) diz que esse instrumento foi o primeiro a ser chamado de esfigmomanômetro e, apesar de ser simples, era engenhoso e sua única função era transformar uma sensação tátil em uma impressão visível (Kohlmann, 2011). De lá pra cá muito se aperfeiçoou no desenvolvimento de instrumentos e técnicas