Relatório minha infancia
INTRODUÇÃO
O conceito de infância hoje em dia é, senão popular, amplamente difundido e visto como natural. Mas é claro que a criança têm as suas particularidades e necessidades, seja de ordem biológica, seja no seu desenvolvimento como ser humano, na interação com o mundo que a cerca... roupas, brinquedos, brincadeiras, ideia de inocência e pureza associadas à ela, entre outras muitas coisas associadas á essa faixa etária. Nos esquecemos, sem mesmo perceber, que muito do que temos hoje em dia fora historicamente construído por nós, que não há muito tempo era comum que os trabalhos escolares fossem feitos à próprio punho, e hoje entregamos via e-mail; com as relações sociais não seria diferente. “Até por volta do século XII, a arte medieval desconhecia a infância ou não tentava representá-la... É mais provável que não houvesse lugar para a infância nesse mundo” ( Áries p41). Nesse mundo ao qual o autor se refere a criança nada mais era que um mini adulto, dependente e que, como diz o termo “enfant”, não fala; nascida entre muitos outros novos adultos com a difícil tarefa de “vingar”, em meio às condições de higiene e tratamentos médicos precários onde estavam sujeitos, pela sua fragilidade, á muitas doenças. Do século XI e até final do século XIII os infantes eram representados nas artes em geral como se fossem adultos, mas em menores proporções, sendo que não havia diferenciação nas expressões. Quanto às roupas, meninos de até 5 anos eram vestidos que nem as meninas, não havendo diferenciação de sexo; todas as brincadeiras, contos e cantigas eram destinados tanta à crianças quanto a adultos, principalmente com a moda dos contos de fadas (contos de Melusina). Quanto ás brincadeiras, “no século XVII, havia uma distinção entre os jogos dos adultos e dos fidalgos, e os jogos das crianças e dos vilões” (Áries p. 104), e a sociedade preocupava-se quanto ao nível cognitivo destes, sendo que jogos por “diversão” apenas, como por