Relatório do Caso Mário Covas
O último caso concreto estudado pelas equipes foi a edição do SPTV 2ª Edição de 1º de Junho de 2000, quando o jornal se dedicou exclusivamente à cobertura da agressão ao governador do Estado de São Paulo, Mário Covas, pelos professores manifestantes acampados na Praça da República, quando da visita do governador à Secretaria da Educação.
Inicialmente as equipes de alunos foram orientadas pela professora a elaborar um espelho para uma edição do SPTV, tendo como embasamento a rápida descrição do telejornal e as retrancas de algumas notícias. Coube aos alunos selecionar, hierarquizar e organizar as notícias segundo os critérios de noticiabilidade que considerassem mais adequados, existindo inclusive a possibilidade de aumentar o tempo da edição, que originalmente era de 16 minutos.
É preciso pontuar que a tarefa foi realizada “às cegas”, e os alunos precisaram deduzir que notícias interessariam mais ao público alvo daquele telejornal, sem conhecer ao certo o verdadeiro contexto que permeava os acontecimentos.
Particularmente, a nossa equipe priorizou a escolha da notícia referente à agressão de Mário Covas para a abertura do telejornal, levando em consideração em especial alguns critérios de noticiabilidade apreendidos dos ensinamentos de Nelson Traquina como: a notoriedade do ator principal do acontecimento (o governador Mário Covas, cuja figura política é de interesse público); a proximidade (a população de São Paulo se interessa por acontecimentos ligados ao governador do próprio estado); a novidade (atualidade do assunto); a notabilidade (quantidade de pessoas e a presença do governador, um nome de peso) e o conflito (violência física e simbólica que nortearam o fato). À medida que a professora forneceu mais dados acerca do acontecimento (a dimensão do conflito e da agressão, as imagens conseguidas pela equipe do SPTV, a exclusividade das imagens em relação às demais emissoras), foi possível que as equipes