33
Belo Horizonte: estudo de caso da Rodovia MG - 010
Tiago Silva Alves de Brito1
Fernanda Carla Wasner Vasconcelos2
Apresentação
Desde o surgimento da humanidade, o homem sente a necessidade constante de se locomover, seja para suprir suas condições físicas, psicológicas ou sociais. As constantes formas de produção e reprodução dos territórios demandaram novas alternativas que pudessem romper longas fronteiras em curto espaço de tempo (BERMAN, 1986).
Hidrovias e ferrovias perduraram durante anos como meios de locomoção predominante,
até
ganharem
a
companhia
dos
veículos
automotores, que permitiram um crescimento exponencial e sua consolidação por meio da indústria fordista. Conseqüentemente, esta produção em larga escala demandou (e ainda demanda) cada vez, mais espaços apropriados para fluidez do tráfego: estradas, vias e rodovias (HARVEY, 2003).
As autovias reorganizam os fluxos de uma cidade o que possibilita novas formas de expansão. Interliga municípios, estados e nações, e possibilita o desenvolvimento econômico da região. Porém, as ações efetivadas pela construção e reestruturação de rodovias ocasionaram impactos em todo o meio ambiente, tornando-se
um
empreendimento
complexo
e
passível
de
questionamentos e avaliações.
Os efeitos ocasionados no meio ambiente, caso não sejam avaliados corretamente, podem provocar danos irreversíveis em diferentes escalas e tempos. Segundo a Associação Nacional das Empresas de Obras Rodoviárias
- ANEOR (1992), as estradas de rodagem provocam extensas modificações territoriais, além das áreas de intervenção em seu eixo, compreendendo
1
Geógrafo e Especialista em Análise Ambiental pelo Centro Universitário UMA - Mestrando em
Turismo e Meio-Ambiente do Centro Universitário UNA - tiagobrito1987@gmail.com
2
Doutora em Ciências - Universidade Federal de Lavras - Professora do curso de Mestrado em
Turismo e Meio Ambiente do Centro Universitário UNA -