Os Fundamentos da Inteligência Artificial
Nesta seção, apresentaremos um breve histórico das disciplinas que contribuíram com idéias, pontos de vista e técnicas para a IA.
Filosofia (de 428 a.C. até a atualidade) Aristóteles desenvolveu um sistema informal de silogismos para raciocínio apropriado que permitiram gerar conclusões mecanicamente, dadas as premissas iniciais.
Mais tarde, Ramon Lull apresentou a idéia de que o raciocínio útil poderia na realidade ser conduzido por um artefato mecânico.
Thomas Hobbes propôs que o raciocínio era semelhante à computação numérica, ou seja, que "efetuamos somas e subtrações em nossos pensamentos silenciosos". A automação da própria computação já estava bem próxima, com as construções de máquinas de calcular e dispositivos mecânicos.
Agora que temos a idéia de um conjunto de regras que podem descrever a parte formal e racional da mente, a próxima etapa é considerar a mente um sistema físico. René Descartes apresentou a primeira discussão clara da distinção entre mente e matéria, e dos problemas que surgem dessa distinção. Descartes também era um proponente do dualismo. Ele sustentava que havia uma parte da mente humana (ou alma, ou espírito) que transcende a natureza, isenta das leis físicas. Por outro lado, os animais não possuíam essa qualidade dual; eles podiam ser tratados como máquinas.
Dada uma mente física que manipula o conhecimento, o próximo problema é estabelecer a origem do conhecimento.
O último elemento no quadro filosófico da mente é a conexão entre conhecimento e ação. Essa questão é vital para a I.A., porque a inteligência exige ação, bem como raciocínio. Aristóteles argumentava que as ações se justificam por uma conexão lógica entre metas e conhecimento do resultado da ação.
Matemática (cerca de 800 até a atualidade)
Os filósofos demarcaram a maioria das idéias importantes sobre a IA, mas o salto para uma ciência formal exigiu certo nível de formalização matemática em três áreas