Relatório de estágio supervisionado em ensino fundamental
Introdução
Alienação é pertencer a outro, é tornar alheio, transferir para o outro o que é seu.
A exploração e a alienação da produção estendem-se para a esfera do consumo. Ao prosperarem materialmente, os trabalhadores compartilham do “espírito do capitalismo”, atraídos pelas promessas da sociedade de consumo. Os centros de compras se transformam se transformam em “catedrais do consumo”, verdadeiros templos cujo apelo constante às novidades torna tudo descartável e rapidamente absoleto. E com as facilidades da internet já se pode comprar até sem sair de casa. Vendem-se coisas, serviços, ideias.
Isso não significa, porém, que todo consumo seja alienado, porque o consumo pode ser consciente e criativo.
O consumo alienado
O ato do consumo é um ato humano por excelência, no qual o homem atende suas necessidades orgânicas por subsistência, culturais, de formação e estética.
Quando nos referimos à necessidade, não se trata apenas daquelas essenciais à sobrevivência, mas também das que facilitam o crescimento humano em suas múltiplas e imprevisíveis direções e dão condições para a transcendência. Neste sentido, as necessidades variam conforme a cultura e das condições de cada indivíduo.
No ato de consumo participamos, movidos pela sensibilidade, imaginação, inteligência e liberdade. Quando adquirimos uma roupa, diversos fatores são considerados: precisamos proteger nosso corpo ou revelá-lo; usamos a imaginação na combinação das peças, mesmo quando seguimos a tendência da moda, desenvolvemos o estilo próprio de vestir, ao comprarmos uma ou mais peças de determinada cor ou modelo.
O consumo não alienado supõe mesmo diante de influências externas, que o indivíduo mantenha a possibilidade de escolha autônoma, não só para estabelecer suas preferências como para optar por consumir ou não.
Muitas vezes, o consumo dá ao individuo apenas a sensação provisória de saciedade e satisfação, ou faz sentir-se ilusoriamente inserido socialmente.
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