Relatório de Aulas da disciplina de Filosofia da Ciência

Relatório de Aulas da disciplina de Filosofia da Ciência

Os primeiros filósofos gregos dedicaram-se a especulações sobre a constituição e a origem do mundo. O principal intuito desses filósofos era descobrir um elemento primordial, eterno e imutável que fosse a matéria básica de todas as coisas. Essa substância imutável era chamada de physis, palavra grega cuja tradução literal seria natureza, mas que na concepção dos primeiros filósofos compreendia a totalidade dos seres, inclusive entidades divinas.
Tales de Mileto foi um dos filósofos que acreditava que as coisas têm por trás de si um princípio físico, material, que para ele seria a água. Com essa afirmação deduz-se que a existência singular é passageira, modifica-se. Tales com essa afirmação queria descobrir um elemento físico que fosse constante em todas as coisas. Algo que fosse o princípio unificador de todos os seres.
Anaximandro de Mileto foi discípulo e sucessor de Tales. Ele achava que nosso mundo seria apenas um entre uma infinidade de mundos que evoluiriam e se dissolveriam em algo que ele chamou de ilimitado ou infinito. Acreditava que a substância que gera todas as coisas deveria ser algo diferente das coisas criadas. Uma vez que todas as coisas criadas são limitadas, aquilo que vem antes ou depois delas teria de ser ilimitado. Para Anaximandro o princípio das coisas não era algo visível e sim uma substância etérea, infinita. Teria que ser um elemento neutro, que está presente em tudo, mas está invisível.
Anaxímenes de Mileto pensava que a origem de todas as coisas teria de ser o ar ou o vapor. Os três filósofos milésios acreditavam na existência de uma substância básica única, que seria a origem de todas as coisas. No entanto, isso deixava sem solução o problema da mudança. Como poderia uma substância se transformar repentinamente em outra coisa?
Parmênides de Eleia defendeu que a perene mutação das coisas não passa de uma ilusão dos sentidos, pois a razão revelaria que o Ser é único,