Relatório Casa Grande e Senzala
O texto nos mostra entre tantas passagens importantes, como os portugueses conseguiram se instaurar com maior facilidade em países com diversos climas, desde gélidos a tropicais, diferenciando-se de outras nações colonizadoras não apenas nesse sentido, mas também na forma como agiam para popularizar os lugares aonde chegava. Diferentes de outros países que evitavam a todo custo se misturar com outras raças, principalmente nativos dessas terras, os portugueses enviavam seus homens, muitas vezes já com o intuito desses de forma rude e até mesmo violenta emprenhar mulheres sem distinção de raça ou cor, gerando mestiços, que não apenas popularizavam em larga escala e sobre áreas extensíssimas como também serviam posteriormente de mão de obra, visto que Portugal devido a vários incidentes, tais como, epidemias, fome e guerras já não possuía população tão vasta. Através então da miscibilidade e da mobilidade os portugueses foram marcando espaço, navegando, caminhando e fazendo filhos.
O longo contato com mulheres primitivas, nuas envoltas em banhos de rios, de pele morena e olhos pretos, fez criar-se aos homens um misticismo sexual e entre as mulheres louras da época um ciúme descomunal, gerando um ódio que mais tarde na Europa resultaria na idealização e propagação do tipo louro como semelhanças com personagens angelicais, tornando assim, a obsessão das mulheres em serem cada vez mais pálidas mais diferentes das mulheres de cor.
Em se tratando da forma como os portugueses viviam no Brasil, um dos primeiros hábitos a ser mudado fora a alimentação, trocando então o trigo pela mandioca já que as terras brasileiras provinham fácil cultivo desse último e solo infértil ao primeiro, devido as condições físicas e químicas de solo, mesmo não se tratando da ideia inicial de nenhum colonizador, criar, digamos raízes nas terras encontradas, os portugueses foram os primeiros colonizadores a deslocar a base da